quarta-feira, 7 de março de 2012

A visão de Ana Luiza

faz parte da terapia rsrsrs!



Como havia prometido anteriormente, vou falar sobre a visão de Aninha. Esses dias, levei ela a uma nova oftalmologista, a Dr. Luciene Fernandes, especialista em visão subnormal, para investigar mais a fundo a causa da baixa visão de Aninha. A médica não detectou absolutamente nada em sua retina e mácula, inclusive nem grau de miopia, astigmatismo etc, ela tem. O nervo óptico dela também está ótimo. Conclui-se portanto, que a causa da dificuldade de enxergar de Aninha é neurológica. Provavelmente, devido á má formação cerebral provocada pela toxoplasmose. A médica ainda disse que Aninha deu sorte por não ter nenhuma cicatriz na mácula ou retina, anomalias comuns de acontecer na toxoplasmose congênita.
A única coisa que pode ser feita no caso de Aninha é a estimulação visual, que ela já esta fazendo a algum tempo, porém , por causa das crises convulsivas que estamos lutando para acabar, ela teve uma piora no desenvolvimento da parte visual.  Além disso, Aninha precisa acabar com certas manias, colocar absolutamente tudo na boca, esquecendo do mundo e ficar coçando muito os olhinhos..., como disse a terapeuta, Aninha tem comportamento visual de criança cega, e ela não é cega. A “cegueira” de Aninha é funcional, ou seja, o cérebro dela não processa o que vê, por isso precisa ser trabalhado, para que o cérebro crie sinapses e processe as informações que os olhinhos dela captar. Por isso, seu diagnostico é visão subnormal.
Pouco se ouve falar neste tipo de problema, para maioria das pessoas, quando uma pessoa não enxerga bem, ela tem um problema nos olhos e só. Mas a questão é um pouco mais complexa, pois é no cérebro que as informações visuais são processadas.  Aninha embora enxergue, não fixa o seu olhar, utiliza muito mais o tato e audição para interagir com objetos e com o mundo. O objetivo da terapia é fazer com que ela utilize a visão primeiro para interagir com o mundo, objetos e pessoas. Se ela não ser adequadamente estimulada, ficará com comportamento cego, além de se tornar uma criança com outro tipo de característica, citada pela médica: o de autismo secundário, ou adquirido, que no caso da Aninha, por ela não usar a visão, deixa de interagir com o mundo, criando um mundinho particular só dela, apoiando em manias e auto-estimulações, não se desenvolvendo de maneira global.
Portanto, pelo que entendi até agora, se questionarmos qual tipo de dificuldade Aninha apresenta em seu desenvolvimento, dentro dos parâmetros para crianças da idade dela, podemos considerar que ela tem um “atraso” na área cognitiva. Significa que ela ainda não sabe aliar a visão, com o tato, o ver e o fazer, não foi despertada a curiosidade comum nos bebês da faixa etária dela. Por isso, ela também vai fazer terapia ocupacional integrada.
Sim, de certa forma, é grave, mas tem jeito! Segundo a médica, o sistema visual dela e o cérebro ainda estão em formação, pois ela é bebê, portanto é lutar, estimular, trabalhar, e como fazer isso? É só brincar, brincar muito!!! Rir bastante, conversar muito com ela (a interação face-a-face com ela é fundamental). Esse é o remedio dela! A médica disse que não é possível prever como será a visão de Aninha, mas enquanto o futuro não chega, vamos fazer a nossa parte. Gosto de lidar com as coisas da forma mais leve possível, e acredito que cada pessoa nasce com uma missão. A missão de Aninha é de ser feliz, ser normal, ir pra escola, ter amigos, ter vida social, mas não deixando de ser ela mesma, com suas habilidades e limitações.

Um comentário:

  1. Estou lendo a historia da sua filha e parece que estam falando da minha filha, ela tem agora 1 ano e 5 meses e tem o mesmo problema que a sua e assim como você lutamos bastante sempre com muito amor e fé em Deus, não tenho um blog mais isso insentiva muito de fazer um. Quero desejar muita saúde, inteligencia, sabedoria e paz para nossas crianças e para nós, se tiver um jeito de nós mantivermos contato meu endereço de email é elaineriglerk@hotmail.com
    um beijo bem grande e fiquem com Deus

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